Fotos: Nucri

Lembretes com mensagens voltadas para a economia e sustentabilidade, fixados acima dos interruptores, estão espalhados por todo o prédio
O uso correto de recursos naturais tem se tornado uma preocupação mundial. Foi pensando de forma sustentável, que o administrador do Fórum Criminal do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima), Vilton Flor, teve a ideia de promover no local de trabalho, o uso consciente da energia elétrica.
“Atitudes simples como apagar a luz e desligar o ar-condicionado ao sair da sala, não manter computadores ligados sem necessidade, geram uma economia significativa ao final do mês. E temos trabalhado diariamente para estimular cada vez mais servidores e colaboradores a somar com a causa”, explicou.
O prédio está localizado no bairro Caranã e desde a inauguração em 2016 é realizado um acompanhamento do consumo de energia. Segundo Flor, o gasto mensal com eletricidade nos anos de 2017 e 2018, teve uma redução de quase R$ 3 mil, um saldo de R$ 35 mil em 12 meses. Ele detalhou ainda que essa diminuição é reflexo de algumas medidas de eficiência energética adotadas, entre elas, abrir as cortinas para aproveitar a luz solar, minimizando o uso da iluminação artificial.
As luzes dos corredores também ganharam atenção especial. “Foi solicitado o desligamento de duas lâmpadas, uma vez que este espaço é bastante iluminado, devido à presença da claraboia”, comentou, destacando que os usuários também são instruídos quanto ao uso correto dos elevadores.
“Existem dois elevadores com capacidade para oito e 14 pessoas respectivamente. Então, o que fazemos é orientar a não solicitar os dois ao mesmo tempo e evitar, quando em menor número, utilizar o de capacidade inferior. Pois tudo isso reflete no consumo”, esclareceu.
Por meio de um programa instalado no computador que ele usa, o administrador consegue controlar de forma remota os aparelhos de ar-condicionado do prédio. “Esta ferramenta ajuda bastante na busca pela economia, já que consigo visualizar os aparelhos ligados fora do horário de trabalho e assim, desligá-los à distância”, comentou.
Raissa Pinto, uma das servidoras que trabalha no Fórum Criminal, considera importante a iniciativa. “Além de evitar gastos desnecessários, ainda ajuda o meio ambiente. São atitudes que eu já pratico dentro de casa e é gratificante ver isso sendo feito no ambiente de trabalho também”, declarou.
O prédio que possui quatro pavimentos e abriga as Varas Criminais do Tribunal de Justiça de Roraima. No local, trabalham mais de 200 pessoas, entre estagiários, servidores e colaboradores.
Foto: Nucri

O serviço no Tribunal do Juri é obrigatório e a recusa injustificável pode acarretar multa
Um total de 120 pessoas foram convocadas esta semana para atuação no Tribunal de Júri Popular do Judiciário Estadual. A primeira reunião ordinária está prevista para o dia 11 de março. A publicação com a lista dos jurados convocados para a primeira e a segunda turma está disponível no Diário da Justiça Eletrônica do dia 18 de fevereiro.
Os jurados são intimados por mandados, e no caso de serem servidores públicos, também são requisitados por meio de ofício. Nem todos são voluntários, na maioria dos casos são requisitados. Segundo um dos assessores do Júri, José Cisnormando, o serviço é obrigatório e a recusa injustificável pode acarretar multa.
“Quando o jurado é efetivamente intimado e não compareceu ou não apresentou justificativa, o juiz pode determinar que ele pague uma multa que varia de um a 10 salários mínimos ou conforme a condição econômica do jurado”, explicou, ao observar que a pessoa que não puder comparecer na data em que foi sorteada, pode procurar o Fórum Criminal e preencher um requerimento com a justificativa que será analisado pelo juiz.
“Dependendo da justificativa, o magistrado decide de dispensa ou não aquela pessoa. Esta lista publicada este ano, foi previamente preparada em 2018. E todas as pessoas atuam na condição de voluntárias”, reforçou Cisnormando.
Para fazer parte do corpo de jurados, é necessário conforme requisitos previstos em lei, ser maior de 18 anos e não ter antecedentes criminais. “É realizada uma busca para verificar se pessoa não tem nenhum antecedente que comprometa a idoneidade do jurado”, informou.
Para justificar ou solicitar mais informações, os jurados podem procurar, as secretarias localizadas na 1ª Vara do Júri e na 2ª Vara do Júri, instaladas no Fórum Criminal Ministro Evandro Lins, na rua José Tabira de Alencar Macedo, 602, no bairro Caranã.
Pelo telefone (095) 3194-2699 também é possível contato. É necessário ainda levar os documentos pessoais e que comprovem a justificativa, para que seja anexado ao requerimento.
Detalhes sobre a publicação podem ser obtidos acessando o link: http://diario.tjrr.jus.br/dpj/dpj-20190218.pdf.
Vantagens de ser jurado
Mesmo não remunerada, a função garante os benefícios previstos no Código de Processo Penal. Veja quais são os dez principais:
• Não ter desconto no salário por falta ao trabalho para comparecer às sessões do júri;
• Preferência, em igualdade de condições, em licitações e concursos públicos;
• Há concursos que usam o maior tempo na função de jurado como critério de desempate (a critério das instituições realizadoras);
• Para servidores, a função conta para desempate em promoções e pedidos de remoção;
• Exercer a função de jurado constitui serviço público relevante;
• Assumir a função estabelece, também, presunção de idoneidade moral;
• Ser detido em prisão especial em caso de crime comum, até o julgamento definitivo;
• Benefícios acadêmicos, a critério da instituição de ensino;
• Há universidades que usam o critério para desempatar vestibulares;
• Repor aulas e provas perdidas durante o exercício da função (a critério das instituições).
Como funciona o Juri
A cada processo, 25 inscritos são sorteados para comparecer à sessão. Deles, sete são sorteados para formar o Conselho de Sentença, que julga o caso. Eles acompanham os interrogatórios e podem fazer perguntas por meio do magistrado.
Ao fim, o juiz lê os pontos a serem decididos pelo voto da maioria dos jurados, questões como "O crime aconteceu? O acusado cometeu o delito? Houve agravante?" A seguir, o magistrado profere a sentença, na devida gradação.