Fotos: Nucri/TJRR
O Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário (CMC/TJRR), realizou na tarde dessa quinta-feira, 7 de março, a abertura da I Conferência da Memória e Cultura. Durante o evento foi apresentado um vídeo institucional sobre a atuação do CMC no último ano de atividades, além de um vídeo sobre a cultura do povo Waimiri-Atroari.
O desembargador coordenador do CMC, Cristóvão Suter, destacou o papel do Tribunal de Justiça de Roraima na preservação da história e promoção da aproximação com a sociedade.
“Certeza de que nós devemos nos aproximar da sociedade, da população, porque o Poder Judiciário, na sua visão mais moderna, deve ser um agente de transformação social”.
Para o desembargador e ouvidor-geral de justiça do TJRR, Erick Linhares, o trabalho desempenhado pelo judiciário de Roraima ao garantir os direitos do povo Waimiri-Atroari, garante a manutenção dos costumes, cultura e tradição da comunidade indígena.
“O Tribunal de Justiça tem um trabalho incrível com as comunidades indígenas, em especial com os Waimiri-Atroari. O Tribunal fez um documentário, relatando a história deles [Waimiri-Atroari]. Lá, eles também possuem um museu , que eles chamam de Mudu [significa casa], é um local onde estão as coisas deles. Hoje, os Waimiri-Atroari reconhecem o Tribunal como um parceiro, uma mão amiga que eles têm para resolver seus problemas. Nós temos um centro de justiça lá dentro, tudo que eles precisam de acesso diferenciado aos temas de justiça eles têm, e isso é o único no Brasil”.
Durante a cerimônia foi apresentada a palestra “As origens da Justiça no Brasil”, ministrada pelo Juiz Claudemiro Avelino, curador do Centro de Cultura e Memória do Poder Judiciário de Alagoas. Durante o evento, o magistrado destacou que é a primeira vez em Boa Vista e se encantou com o trabalho realizado pelo Judiciário de Roraima.
“Foi uma alegria estar em Roraima. É a primeira vez que eu venho a Boa Vista e vim movido por uma energia muito especial, porque é uma cultura muito bonita, muito miscigenada, com coisas que surpreendem, como por exemplo a história dos indígenas. É maravilhoso poder ter esse contato direto com a língua deles, com a cultura deles de modo geral. E pude ver o carinho com que Roraima está tratando a sua memória”.
No início da tarde ocorreu também a realização do painel “Uso de documentos do judiciário para pesquisa de história”, ministrado pelos formadores Hugo Mendes, servidor do CMC, André Fonseca professor da Universidade Estadual de Roraima e Rafael Trapp, professor da Universidade Federal de Roraima.
A I Conferência de Memória e Cultura estâ sendo realizada em alusão ao aniversário de um ano de atividades do Centro de Memória e Cultura.
Participaram do evento o juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo, Carlos Alexandre Bõttcher, o procurador de justiça do Ministério Público Estadual, Sales Eurico Melgarejo, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil- Seccional Roraima, Ednaldo Vidal, o reitor da Universidade Estadual de Roraima, Cláudio Travassos, o vice-reitor da Universidade Federal de Roraima, Silvestre Lopes da Nóbrega, o secretário adjunto da Secretaria de Cultura e Turismo, Alex Ferreira.