De acordo com a bibliotecária do TJRR e integrante do Projeto, Madrice Cunha, o workshop não só incentiva a criatividade, mas fomenta a leitura e resgata o espírito natalino.
“Através da lenda do Pinheiro de Natal, ganhou importância da leitura e contextualizamos o significado de Natal para os jovens. Além disso, buscamos criar e fomentar a leitura entre os adolescentes do Sistema Socioeducativo de Roraima”, destacou.
Além de desenvolver habilidades técnicas, os escritórios oferecem benefícios emocionais, sociais e ambientais. Ao explorar valores como responsabilidade, sustentabilidade e coletividade, uma ação que promova a cultura de paz, o respeito mútuo e a reflexão crítica entre os jovens. Os pinheiros produzidos serão entregues às famílias dos adolescentes durante o encerramento das atividades do PLAP no final do ano.
O diretor do CSE, Genildo da Silva, ressaltou que ao proporcionar momentos que revivem o afeto e as memórias positivas, busca-se fortalecer a autoestima e o vínculo familiar dos jovens, elementos essenciais para sua reintegração ao convívio familiar e comunitário.
Para o diretor da Semiliberdade, Aldevan Dias, em um primeiro momento, os escritórios para preparação de pinheiros de Natal podem parecer simples, mas para os adolescentes o envolvimento tem significados profundos, como o afeto e a proximidade com seus familiares. Além disso, destaca-se pela importância da sustentabilidade, ao promover o reaproveitamento de materiais que, de outra forma, seriam descartados — como no caso das revistas.
"Nosso propósito aqui é justamente resgatar essas lembranças afetivas com esses jovens, para que eles ingressem no processo de ressocialização e possam retornar ao convívio familiar. A atividade também desempenha uma função pedagógica essencial", afirmou.
A proposta também promove a conscientização sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, com ênfase no ODS 12, que trata do consumo e produção responsáveis. Os jovens foram incentivados a refletir sobre a importância de prevenir, reduzir, reciclar e reutilizar resíduos, alinhando-se à meta global de sustentabilidade.
Para a coordenadora do Programa Justiça Comunitária, Marcelle Grécia Wottrich, a parceria entre os projetos fortalece a atuação no incentivo à reflexão e à comunicação não-violenta.
“A Justiça Comunitária sempre esteve ao lado do projeto Leitura Abre Portas, trazendo dinâmicas que destacam a importância de uma comunicação não-violenta. Propomos aos jovens uma reflexão sobre suas qualidades, sua família, suas vivências, para que saiam daqui mais fortes, especialmente em um momento como este, que é o Natal”, concluiu.
O projeto Leitura Abre Portas foi destaque na categoria "Serviços Judiciários Inovadores para os usuários", ficando na 14ª posição do 1º Prêmio de Inovação do Poder Judiciário, instituído pelo CNJ com base na Resolução n. 395/2021 (Política Nacional de Gestão da Inovação), o qual contorno com aproximadamente 300 inscritos.
Texto: Eduardo Haleks - Jornalista
Fotos: Nucri/TJRR
Nucri/TJRR - Novembro/2024