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Justiça em Território do Cuidado - Diálogo sobre saúde mental orienta encontro entre magistratura e rede de atendimento


O debate sobre saúde mental no sistema de Justiça exige olhares distintos, tanto de quem atua diretamente no cuidado quanto de quem decide sobre medidas que impactam pessoas em conflito com a lei. Nesse contexto, o Tribunal de Justiça de Roraima realizou, nesta quinta-feira (27), a I Capacitação da Política Antimanicomial, reunindo profissionais da rede de atendimento e integrantes da magistratura. O encontro ocorreu na Escola Judicial de Roraima (Ejurr), na Sede Administrativa Luiz Rosalvo Indrusiak Fin.

A iniciativa foi organizada pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF), em parceria com a Ejurr, com o objetivo de ampliar o entendimento institucional sobre práticas alinhadas ao cuidado em liberdade previsto na Resolução nº 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça — marco que orienta o atendimento a pessoas com transtorno mental em conflito com a lei.

Pela manhã, a programação foi direcionada às equipes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), do Escritório de Atendimento Preliminar (EAP), dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). A abertura foi conduzida pelo vice-presidente do TJRR e supervisor do GMF, desembargador Almiro Padilha, que destacou a inserção do tema no Plano Estadual Pena Justa — estruturado para aprimorar a política prisional e a execução penal no estado — além da necessidade de integração entre Justiça e rede de cuidado.

“É um tema muito difícil, poucas pessoas têm conhecimento, mas, para nós, é fundamental. Ver a Rede atendendo ao nosso chamado demonstra comprometimento e nos traz alívio, porque sabemos que há profissionais preparados para esse diálogo”, afirmou..



Em seguida, a psiquiatra e professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Tainá de Carvalho Gonçalves, ministrou o curso “A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e o atendimento a pessoas com transtorno mental em conflito com a lei”. A formação abordou diretrizes da atenção psicossocial, fluxos de cuidado, articulação intersetorial e responsabilidades das equipes diante das demandas judiciais..

“A gente vem, desde 2023, colocando essa política em prática, sempre com foco no cuidado da pessoa nessa condição. Não é algo novo, mas precisava de um impulso para avançar no âmbito do Judiciário, e nós discutimos formas de garantir um cuidado que respeite direitos humanos e dignidade”, observou Tainá..

Após a apresentação, os participantes discutiram situações recorrentes, responsabilidades de cada setor e limites de atuação, alinhando entendimentos sobre encaminhamentos, fluxos e comunicação entre Justiça e rede de atendimento..

A psicóloga Cláudia dos Santos, técnica de referência do CRAS União, avaliou o encontro pela perspectiva do atendimento direto.

“Cursos voltados para nós, profissionais que lidamos diariamente com esse público, fazem diferença. No CRAS União, recebemos pessoas que cumprem medidas socioeducativas, e esse tipo de formação amplia nosso preparo para atuar com segurança e sensibilidade”, comentou


No período da tarde, a programação foi direcionada a magistrados e magistradas do TJRR, além de profissionais da rede de atendimento. O coordenador do GMF, juiz Renato Albuquerque, abriu o horário vespertino destacando a necessidade de aprofundamento sobre a Resolução nº 487 e seus impactos na rotina das unidades judiciais..

Os dois painéis da tarde foram conduzidos pelo juiz do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Luis Fernando Nigro.

“Essa troca de ideias com outros colegas magistrados pode apontar os caminhos para que, efetivamente, consigamos superar os obstáculos e implementar uma política antimanicomial mais eficiente”, pontuou

As discussões apresentaram procedimentos, fluxos e dilemas que surgem no cotidiano das unidades judiciais, além de caminhos possíveis para aprimorar o atendimento a pessoas com transtorno mental que respondem a processos criminais.


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Texto: Emily Soares - Jornalista / Wesley Vieira - Estagiário de Jornalismo
Fotos: NUCRI/TJRR
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