O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) conquistou o 1º lugar no eixo socioeducativo, na categoria Tribunal, do Prêmio Prioridade Absoluta – Edição 2025, com o projeto “Leitura Abre Portas: porque ler te faz livre!”.
A premiação é promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anualmente que reconhece e dissemina práticas bem-sucedidas em favor dos direitos de crianças e adolescentes e visa destacar projetos inovadores e eficazes nas áreas de medidas protetivas e socioeducativas, promovendo a troca de experiências entre o sistema de justiça, o poder público, a sociedade civil.
A cerimônia de outorga será realizada no dia 27 de outubro de 2025, às 15h, na sede do CNJ, em Brasília (DF).
O projeto vencedor é uma iniciativa do Poder Judiciário de Roraima, desenvolvido pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) e pela Biblioteca Judiciária, em parceria com a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes). A ação conta ainda com o apoio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) e a colaboração da Ouvidoria, da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ), da Coordenação Estadual da Política Socioeducativa, do Programa Justiça Comunitária e do Programa Fazendo Justiça/PNUD.
O Leitura Abre Portas é executado no Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho (CSE) e Unidade Semiliberdade, desde 2023 e segue as diretrizes do CNJ, especialmente no que diz respeito ao Plano Nacional de Fomento à Leitura, que assegura o direito humano à cultura, ao livro e à leitura. Por meio de atividades literárias e culturais, buscando estimular o hábito da leitura, a reflexão e o exercício da cidadania.
São vários agentes que buscam trazer, por meio da leitura, uma ferramenta de transformação pessoal e social, promovendo o acesso ao conhecimento e o fortalecimento da cidadania de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
As ações desenvolvidas incluem o empréstimo e a doação de livros, rodas de leitura, oficinas literárias, musicais, artesanais e de desenho, visitas externas a centros culturais, gincanas, participação em eventos como atração cultural e outras dinâmicas voltadas à formação de leitores e ao fortalecimento dos vínculos sociais e educativos.
Com o intuito de promover a cultura e incentivar a leitura entre os jovens e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Boa Vista (RR), o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF), desembargador Almiro Padilha, destaca que levar arte e cultura aos adolescentes em medida socioeducativa reafirma o direito de cada jovem à cultura, ao aprendizado e à convivência, fortalece a autoconfiança e aproxima a Justiça da vida desses adolescentes.
“O projeto Leitura Abre Portas valoriza o protagonismo juvenil, promove a reinserção social, permite a descoberta de talentos e fortalece laços afetivos, mostrando que o momento que estão passando é passageiro e que o conhecimento abre caminhos para novas histórias. Ler faz livre — livre para pensar, criar e construir novos caminhos de justiça e cidadania.”
O desembargador ressalta que o reconhecimento nacional reforça que a leitura e a cultura são importantes ferramentas para a inclusão
“A conquista do Prêmio Prioridade Absoluta, no eixo socioeducativo, categoria Tribunal, é um reconhecimento institucional da relevância social e cultural do projeto, reforçando a leitura e a cultura como ferramentas de inclusão, transformação e cidadania para adolescentes em medidas socioeducativas”.
A bibliotecária e integrante do projeto Leitura Abre Portas, Madrice Cunha, complementa dizendo que a iniciativa atua abrindo caminho para a reinserção dos jovens e adolescentes, e que a premiação evidência esse compromisso com a juventude.
“Receber o Prêmio concedido pelo CNJ, representa um reconhecimento institucional do compromisso com a valorização da juventude. É celebrar cada jovem que se permite sonhar, aprender e desenvolver seus talentos por meio da leitura e do conhecimento. O projeto Leitura Abre Portas é fruto de parcerias e demonstra como a leitura, a arte e a cultura transformam vidas, fortalecem laços afetivos e despertam a autoconfiança, garantindo acesso à cultura em suas diversas formas e abrindo caminhos para a reinserção social desses adolescentes.”
Para o diretor de apoio ao Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo, coronel Dagoberto Gonçalves, o prêmio reafirma o compromisso do GMF em desenvolver ações que priorizam o bem-estar e a inclusão.
“A conquista do Prêmio Prioridade Absoluta reconhecimento do impacto social e educativo do projeto, destacando sua importância na promoção dos direitos de adolescentes em situação de vulnerabilidade, reafirmando o compromisso do GMF em desenvolver ações que priorizam o bem-estar, a inclusão e a formação integral desses jovens, valorizando iniciativas que geram mudanças concretas em suas vidas.
Na matéria contém três imagens. Abaixo a descrição:
Foto 1: Foto em plano médio e baixo de três jovens (do tronco para baixo) sentados em cadeiras brancas, em uma sala com piso claro. Todos vestem camisetas brancas com a estampa colorida do "PROJETO LEITURA ABRE PORTAS" e calças jeans ou escuras. Eles estão lendo os livros de capa grande e colorida que seguram no colo.
Foto 2: Logotipo do projeto "Leitura Abre Portas". O desenho mostra uma pilha de três livros grandes coloridos (rosa, laranja e verde-água). Sobre eles, um jovem e uma jovem estão sentados lendo, e há outros livros flutuando ao redor. Ao lado da pilha, uma porta roxa está aberta, revelando um fundo azul-turquesa, uma nuvem, um arco-íris e o desenho do planeta Terra. As palavras "LEITURA ABRE PORTAS" estão escritas nas lombadas dos livros
Foto 3: imagem em close-up, vista de cima, mostrando as mãos de uma pessoa (possivelmente um estudante ou participante) escrevendo em um pequeno bloco de anotações com caneta preta. A pessoa usa uma caneta esferográfica preta na mão direita e segura o bloco com a esquerda. O bloco tem páginas pautadas com escrita manual em português. O bloco está apoiado em uma superfície de plástico azul.
Texto: Emily Soares – Jornalista
Fotos: NUCRI/TJRR
Outubro/2025 – NUCRI/TJRR
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