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Histórias, memórias e conquistas marcam os 19 anos da Justiça Itinerante em Roraima

 
Evento também contou com exposição fotográfica e de artesanato indígena, resgatando a trajetória da Itinerante em Roraima
 
 Imagem mostra uma mesa de autoridades composta por seis pessoas, entre homens e mulheres, dispostas em cadeiras de couro preto atrás de um longo painel de madeira. Da esquerda para a direita, estão um militar fardado, uma mulher de vestido preto, um homem de terno azul, uma mulher de óculos e blazer preto, outra mulher de blazer azul e, por último, uma mulher de cabelos cacheados. À frente, público sentado acompanha a solenidade em auditório iluminado.
 
Um momento de memória, emoção e reconhecimento marcou a celebração dos 19 anos da Vara da Justiça Itinerante (VJI), do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). O evento, realizado no Fórum da Cidadania – Palácio Latife Salomão, reuniu magistrados, servidores, instituições parceiras e representantes da sociedade que ajudaram a construir uma história de quase duas décadas dedicada a levar cidadania e dignidade a todos os cantos do estado.
 
A cerimônia foi marcada por homenagens, relatos e pela exibição de um documentário que resgatou a trajetória da unidade: desde a criação do Juizado Especial Volante em 1997, passando pela instalação oficial da Vara em 2006, até os dias atuais, em que a Justiça Itinerante segue como referência nacional no atendimento de comunidades urbanas, rurais, ribeirinhas, indígenas e migrantes em situação de vulnerabilidade.
 
A frente da unidade entre os anos de 2006 e 2010, além de trazer para Roraima o projeto embionario da Justiça Itinerante, em 1997, à epoca chamado de Juizados Especiais Volante, a desembargadora Tânia Vasconcelos relembra legado da Vara da Justiça Itinerante, marcada por inclusão, cidadania e atendimento gratuito a todos.
 
“A Justiça Itinerante é justiça em forma de amor. É inclusão, solução imediata e cidadania. Atende qualquer cidadão ou cidadã, de qualquer credo, cor ou raça, sem distinção, sempre de forma gratuita”, destacou a desembargadora Tânia Vasconcelos, que assumiu a titularidade da Vara em 2006 e permaneceu até sua promoção ao cargo de desembargadora, em setembro de 2010 — tornando-se a primeira mulher a integrar a Corte do TJRR".
 
O desembargador e corregedor-geral de Justiça, Erick Linhares, que esteve à frente da unidade por mais de uma década, entre 2010 e 2022, compartilhou suas lembranças:
 

“Sinto alegria e orgulho por ter participado dessa história, mas também pela saudade das viagens, do contato direto com as pessoas e da resolução imediata dos problemas. A Justiça Itinerante de Roraima é única no Brasil: funciona próxima da população, adaptando-se a cada realidade — seja na capital, nas comunidades ribeirinhas ou nas aldeias indígenas. É uma Justiça de contato, de simplicidade, que atende de forma que o cidadão comum entende e confia.”

 
Imagem mostra um auditório cheio, com público sentado de frente para uma mesa de autoridades composta por seis pessoas, entre homens e mulheres, em um ambiente moderno com painéis de madeira ao fundo. À esquerda, fotógrafos e convidados registram o momento; à direita, uma mulher em pé fala ao microfone. A sala tem iluminação clara, ar-condicionado e cadeiras pretas.
 
A juíza Graciete Sotto Mayor, atual titular da Vara, ressaltou a importância de celebrar o legado da unidade e reconhecer todos que contribuíram com sua consolidação:
 

“A Vara da Justiça Itinerante está completando 19 anos, isso aqui é um marco para a Justiça do Estado de Roraima. Nós somos responsáveis por levar a cidadania a todo lugar, afinal de contas esse é o lema da Justiça Itinerante.”

 
Durante a cerimônia, a defensora pública Eucenir Diogo, que acompanha o trabalho desde os anos 2000, lembrou como sua vida profissional se confunde com a história da unidade:
 

“Falar desses 25 anos de serviço itinerante do Tribunal de Justiça de Roraima é falar da minha própria trajetória como defensora pública. Ao longo de 22 anos, cresci junto com esse trabalho, aprendendo a atender e compreender as necessidades das pessoas, sempre com o objetivo de aproximar a Justiça de quem mais precisa.”

 
Entre os homenageados, a Vara da Justiça Itinerante, prestou memórias póstumas ao tuxaua geral Gelson Ingaricó, da comunidade Indígena Ingarikó.
 
Representando o tuxaua, estava o primo e professor indígena Dilson Ingaricó, que destacou as transformações levadas às comunidades mais distantes:
 

“Para nós, povos indígenas de Roraima, a Justiça Itinerante foi e continua sendo uma oportunidade única. Desde o início, garantiu algo básico, como a certidão de nascimento, o CPF e a identidade, que abriram as portas para a educação, a saúde e outros direitos. Hoje, muitos jovens que receberam documentos da Itinerante são professores, agentes de saúde e lideranças em suas comunidades. É uma conquista que mudou destinos.”

 
O OLHAR DE QUEM FAZ A ITINERANTE ACONTECER
 
Imagem mostra quatro pessoas posando para foto em frente a uma mesa de autoridades em ambiente formal. Duas delas, ao centro, seguram placas de homenagem: um homem de óculos, camisa polo azul e calça escura, e uma mulher com vestido azul. Ao lado esquerdo, uma mulher de vestido branco com bolinhas pretas e blazer preto sorri para a câmera; à direita, um homem de terno azul e gravata vermelha olha para frente. Ao fundo, outras pessoas acompanham sentadas.
 
Além da solenidade realizada no auditório do Fórum da Cidadania, a equipe da Vara da Justiça Itinerante preparou no hall do prédio da unidade uma Exposição Fotográfica e de Artesanato Indígena e Ribeirinhos, contando a história dos últimos 19 anos.
 
O expositor Andrey Nascimento, servidor do TJRR há quatro anos, reforçou o sentimento de gratidão:
 

“Aqui na exposição mostramos, por meio de fotos e artesanatos, um pouco da realidade que vivemos nas comunidades. A Justiça Itinerante não é apenas uma viagem ou um atendimento, é levar cidadania a quem não tem condições de chegar até o grande centro. É um trabalho de valorização e reconhecimento do nosso papel como servidores e do acolhimento que recebemos da população.”

 
Imagem mostra duas mulheres conversando sorridentes em frente a fotografias expostas em uma galeria. Uma delas veste blazer preto e tem o cabelo preso; a outra usa vestido rosa estampado, óculos e colar de pérolas. Ao fundo, uma grande foto mostra um menino sorridente segurando um documento e fazendo sinal de positivo com o polegar. As imagens estão fixadas em molduras pretas suspensas, diante de persianas brancas iluminadas com luz azul.
 
O servidor Kennedy destacou os bastidores e a grande estrutura necessária para cada ação:
 

“Esse trabalho é muito gratificante, mas também exige esforço e planejamento. Antes de cada ação, uma equipe precursora vai até as comunidades para organizar os locais de atendimento, divulgar os serviços, verificar condições de estrada, hospedagem e alimentação. ”

 
Já o servidor Darwin de Lima emocionou ao relembrar o impacto de cada atendimento nas comunidades mais carentes:
 

“Imagine atender uma pessoa que chega descalça, depois de dias de caminhada, em busca de um documento. Para eles, a nossa presença já é uma vitória. Às vezes, é apenas uma certidão ou um CPF, coisas simples para nós, mas que para eles significam resgate de cidadania e dignidade. Esse reconhecimento no olhar deles é o que nos motiva.”

 
UMA HISTÓRIA DE ESPERANÇA
 
 Imagem mostra um ambiente iluminado em tons de azul e branco que exibe uma mostra fotográfica com imagens de comunidades, crianças e paisagens. As fotografias, dispostas em grandes molduras suspensas e painéis ao redor da sala, destacam momentos de interação social, cenas do cotidiano e registros coletivos.
 
Com 19 anos de atuação oficial e raízes que remontam a 1997, a Vara da Justiça Itinerante segue como símbolo de um Judiciário que rompe fronteiras e se reinventa para alcançar quem mais precisa. Mais que serviços jurídicos, a unidade leva dignidade, inclusão e esperança, construindo um legado que emociona e inspira gerações em Roraima e em todo o Brasil.
 
A Exposição Fotográfica e de Artesanato Indígena e Ribeirinho segue aberta ao público no espaço externo da Vara da Justiça Itinerante, no Fórum da Cidadania – Palácio Latife Salomão (Av. Glaycon de Paiva, 458-588, Centro, Boa Vista/RR).
 
Imagem mostra uma mulher, vista de costas, observando atentamente uma tela de televisão em exposição. A TV exibe uma cena com pessoas, enquanto a parede ao redor está decorada com artesanatos indígenas, incluindo cestos e peças trançadas.
 

 
A matéria possui seis fotos. A seguir a descrição na ordem de publicação: 
 
Foto 1: Imagem mostra uma mesa de autoridades composta por seis pessoas, entre homens e mulheres, dispostas em cadeiras de couro preto atrás de um longo painel de madeira. Da esquerda para a direita, estão um militar fardado, uma mulher de vestido preto, um homem de terno azul, uma mulher de óculos e blazer preto, outra mulher de blazer azul e, por último, uma mulher de cabelos cacheados. À frente, público sentado acompanha a solenidade em auditório iluminado.
Foto 2: Imagem mostra um auditório cheio, com público sentado de frente para uma mesa de autoridades composta por seis pessoas, entre homens e mulheres, em um ambiente moderno com painéis de madeira ao fundo. À esquerda, fotógrafos e convidados registram o momento; à direita, uma mulher em pé fala ao microfone. A sala tem iluminação clara, ar-condicionado e cadeiras pretas.
Foto 3: Imagem mostra quatro pessoas posando para foto em frente a uma mesa de autoridades em ambiente formal. Duas delas, ao centro, seguram placas de homenagem: um homem de óculos, camisa polo azul e calça escura, e uma mulher com vestido azul. Ao lado esquerdo, uma mulher de vestido branco com bolinhas pretas e blazer preto sorri para a câmera; à direita, um homem de terno azul e gravata vermelha olha para frente. Ao fundo, outras pessoas acompanham sentadas.
Foto 4: Imagem mostra duas mulheres conversando sorridentes em frente a fotografias expostas em uma galeria. Uma delas veste blazer preto e tem o cabelo preso; a outra usa vestido rosa estampado, óculos e colar de pérolas. Ao fundo, uma grande foto mostra um menino sorridente segurando um documento e fazendo sinal de positivo com o polegar. As imagens estão fixadas em molduras pretas suspensas, diante de persianas brancas iluminadas com luz azul.
Foto 5: Imagem mostra um ambiente iluminado em tons de azul e branco que exibe uma mostra fotográfica com imagens de comunidades, crianças e paisagens. As fotografias, dispostas em grandes molduras suspensas e painéis ao redor da sala, destacam momentos de interação social, cenas do cotidiano e registros coletivos.
Foto 6: Imagem mostra uma mulher, vista de costas, observando atentamente uma tela de televisão em exposição. A TV exibe uma cena com pessoas, enquanto a parede ao redor está decorada com artesanatos indígenas, incluindo cestos e peças trançadas.
 

 
Texto: Mairon Compagnon - Jornalista
Fotos: NUCRI/TJRR - CNJ
SETEMBRO/2025 - NUCRI/TJRR

 

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