
Com o objetivo de ampliar a diversidade e promover representatividade na magistratura, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), por meio do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade e da Escola Judicial de Roraima (EJurr), está realizando o curso “Desvendando o ENAM com foco na Equidade Racial e Étnica da Magistratura”.
O lançamento do edital do curso ocorreu no dia 27 de junho, durante a live “Roda de Conversa sobre Equidade Racial e Étnica na Magistratura Brasileira”. As aulas iniciaram em 30 de junho de 2025, com 75 alunos inscritos, dos quais 52% se autodeclararam negros e indígenas.
Oferecido em formato virtual, o curso preparatório é voltado a acadêmicos de Direito, servidores e estagiários do Poder Judiciário de Roraima interessados em ingressar na carreira da magistratura. A proposta inclui linguagem acessível, conteúdos jurídicos essenciais, estratégias de estudo e temas voltados à equidade racial e étnica. A formação é ministrada pela juíza de Direito Graciete Sotto e pelo juiz de Direito Breno Coutinho.
O principal propósito da iniciativa é contribuir para um ambiente jurídico mais plural, com maior representatividade de pessoas indígenas e negras, como explica a juíza auxiliar da Presidência e presidente do Comitê, Lana Leitão:
“O curso nasce do compromisso com a construção de uma magistratura mais plural e verdadeiramente representativa da sociedade brasileira. O objetivo é sensibilizar e contribuir para que essas pessoas possam não apenas sonhar, mas se preparar para ingressar na Magistratura.”

Para a construção do plano de aula, a Comissão realizou uma escuta ativa com acadêmicos de Direito no dia 22 de maio de 2025, colhendo percepções, expectativas e necessidades do público-alvo.
“É um projeto cuidadosamente pensado e desenvolvido em diálogo com o próprio público, ouvindo suas experiências, desafios e expectativas, para que as ações formativas sejam significativas e promovam um impacto real”, finaliza Lana Leitão.
Presente durante a reunião com os acadêmicos e atual aluna do curso, Corina Wapichana, Tuxaua da Comunidade do Alto Arraia, conta que vê o curso como um marco importante.
“Vejo essa iniciativa como um marco importante para nós, povos originários. Somos sobreviventes de uma longa história de resistência, e ver esse espaço sendo construído é motivo de muita gratidão. O curso tem sido uma oportunidade valiosa de troca de saberes e de fortalecimento das nossas vozes”.
Na matéria contém duas imagens. Abaixo a descrição delas:
Foto 1: imagem colorida de três pessoas sentadas, sendo duas mulheres e um homem, durante a live “Roda de Conversa sobre Equidade Racial e Étnica na Magistratura Brasileira”.
Foto 1: imagem colorida de três pessoas sentadas, sendo duas mulheres e um homem, durante a live “Roda de Conversa sobre Equidade Racial e Étnica na Magistratura Brasileira”.
Foto 2: Imagem colorida mostra três pessoas sentadas à frente de uma sala de aula durante uma reunião com estudantes sobre equidade racial no Exame Nacional da Magistratura. Um gráfico circular com dados sobre equidade racial na magistratura brasileira é projetado no quadro branco ao fundo. Algumas pessoas assistem sentadas em cadeiras.
Texto: Emily Soares - Jornalista
Fotos: Nucri/TJRR
JULHO/2025 – NUCRI/TJRR
Fotos: Nucri/TJRR
JULHO/2025 – NUCRI/TJRR