
O projeto Leitura Abre Portas, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), apoia uma ação nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a editora Cia das Letras, iniciada em 30 de janeiro. A iniciativa, chamada Clube de Leitura "Cria das Letras", tem como objetivo incentivar a leitura, promover debates literários e estimular a reflexão crítica entre jovens e adolescentes no contexto socioeducativo.
Roraima é um dos estados da região Norte selecionados para a implementação do projeto, que será desenvolvido no Centro Socioeducativo Homero de Sousa Cruz Filho (CSE), parceiro do Leitura Abre Portas. Além de Roraima, os estados do Pará, Paraná e Pernambuco também participarão da ação. A quinta instituição a integrar o projeto ainda está sendo definida.
Os jovens e adolescentes do sistema socioeducativo foram organizados em cinco grupos, e cada um receberá mensalmente uma cópia de uma obra literária para a realização das atividades. Madrice Cunha, bibliotecária e integrante do Leitura Abre Portas, destacou que os encontros visam garantir aos adolescentes o direito à leitura e à cultura.
“O papel do Leitura Abre Portas neste projeto do CNJ, que está sendo desenvolvido aqui no CSE, é apoiar as atividades conduzidas pelas mediadoras do clube de leitura. Pelo que já vimos até agora, tenho certeza de que será uma iniciativa magnífica e transformadora na vida desses jovens”, afirmou Cunha.
No início das atividades, os adolescentes receberão o primeiro volume de Bakuman, mangá que segue as trajetórias de Moritaka Mashiro e Akito Takagi no universo da criação de HQs. O volume abrange diversos capítulos e explora, desde a concepção do roteiro até o mercado editorial japonês, destacando temas como paixão pela arte, competição e trabalho em equipe.
As atividades do clube de leitura ocorrerão ao longo de seis meses, com quatro agentes do CSE conduzindo debates, palestras e atividades de desenho com os adolescentes. Alessandra Denz, coordenadora de Cultura do CSE, ressaltou que o objetivo é fomentar a leitura enquanto promove a ressocialização dos adolescentes, que trabalharão em grupo.
"Os adolescentes terão encontros com as mediadoras, onde poderão refletir sobre o conteúdo dos livros que estão lendo. Durante esses encontros, promoveremos debates, o que ajudará a desenvolver neles uma capacidade crítica por meio da leitura", explicou Denz.
Vale destacar que, a cada mês, os adolescentes serão desafiados a ler uma obra diferente. No total, 150 exemplares serão distribuídos, com 25 cópias de cada obra, entregues progressivamente durante as reuniões semanais. Ao final do ciclo, os participantes que concluírem o projeto receberão um certificado.
Texto: Mairon Compagnon - Jornalista
Fotos: NUCRI
Janeiro/2025 Nucri/TJRR