Grande parte da redução é proveniente da digitalização de processos e a utilização de processos 100% virtuais.
Fotos: Nucri/TJRR
Integrado às campanhas ambientais de cuidados com o meio ambiente, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) faz a sua parte para manter uma relação harmônica com a natureza, buscando reduzir os impactos de sua atuação na natureza.
Um exemplo é a redução do consumo de papel, evitando a impressão desnecessária de novos documentos, promovendo a digitalização de documentos antigos e o uso dispositivos eletrônicos para fazer anotações, compartilhar documentos e realizar reuniões virtuais.
Tais atividades são incentivadas pelo Setor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SSRS), a partir de campanhas internas, como explica a chefe do setor de sustentabilidade, Ana Lívia de Sá.
“Para cada tonelada de papel produzida, são necessárias aproximadamente 24 árvores, além de grande quantidade de água e energia. Além disso, o descarte inadequado de papel contribui para a poluição do solo e da água. Logo, economizar papel é uma maneira direta de contribuir para a preservação de ecossistemas vitais”.
Desde 2017, o Poder Judiciário vem reduzindo o consumo de papel ao longo dos anos, saindo de 6.513 para 2.503 resmas nos últimos seis anos. O secretário geral, Henrique Tavares, pontuou que grande parte da redução é proveniente da digitalização de processos e a utilização de processos 100% virtuais.
“Além da utilização de processos de maneira virtual, o Tribunal implementou, em 2021, a Central Eletrônica de Mandados, uma unidade em que as intimações e citações, quando possível, são realizadas por meio de ferramentas eletrônicas. Isso fez com que uma boa parte das intimações não fosse mais direcionada para os oficiais de justiça. Então, além de desafogar o excesso de trabalho dos oficiais, também gerou uma redução no consumo de papel, na medida em que tudo é eletrônico e nada é físico”.
O secretário afirma ainda que o Tribunal vem implementando há alguns anos o programa Mandamus, ferramenta de cumprimento de mandados que tem, no projeto, a ideia de distribuição automática de mandados, gerando a intimação em papel térmico, reduzindo o uso de folhas na impressão e auxiliando na economia do papel.
“Nessa impressão mais reduzida, vai vir um resumo da intimação com o QR Cold, onde a parte pode acessar o processo e todos os documentos. Então, por exemplo, hoje 80% do consumo de papel do Fórum Criminal é da Central de Mandados. Com a implementação definitiva do Mandamos a gente espera que isso acabe e, então, o impacto vai ser bem maior”.
Além da diminuição do consumo de papel, o Poder Judiciário atua em outras frentes para diminuir os impactos ao meio ambiente. Um exemplo disso, é o fato de ser trabalhar 100% com energia limpa e renovável, possuindo em todas as comarcas do interior e nos principais prédios da capital, paineis de energia solar, evitando o consumo da energia proveniente de termelétricas.
Magistrados, servidores, estagiários e colaboradores são incentivados a usar garrafas, copos e canecas próprias, ao invés de descartáveis, dessa maneira, o judiciário zerou, desde 2022, o consumo de copos descartáveis para o público interno, oferecendo copos oxibiodegradáveis para o público externo, nas unidades que prestam serviço à população.
O Poder Judiciário possui ainda poços artesianos no prédio Administrativo, no Fórum Cível Advogado Sobral Pinto, no Fórum Criminal, no Palácio da Justiça e nas comarcas de Alto Alegre, Bonfim e Pacaraima, além de reutilizar a água proveniente da chuva para a irrigação de plantas no Fórum Criminal.
Outra preocupação é com a gestão de resíduos como o descarte correto de pilhas, baterias, lâmpadas, resíduos eletrônicos e coletas no geral, possuindo em cada prédio, ecopontos para a destinação correta de papel, plástico, vidro e metal.
Todos os dados podem ser conferidos no Plano de Logística Sustentável 2021-2026 do Tribunal de Justiça de Roraima (https://sustentabilidade.tjrr.jus.br/plano-de-logística-sustentável), instituído pela Portaria N° 685, do dia 27 de abril de 2023.