Fotos: Leitura Abre Portas
Adolescentes do sistema socioeducativo e da Semiliberdade de Roraima tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência cultural durante a visita à exposição "Ko'ko Non Zumbá". A exposição foi realizada no Serviço Social do Comércio (Sesc/RR), por meio do projeto "Leitura Abre Portas", do Tribunal de Justiça de Roraima, executado no CSE. A visita ocorreu no dia 03 de junho.
Os jovens conheceram a herança artística e cultural afro-indígena, promovendo assim a integração social por meio da arte, educação e cultura regional.
A visita foi acompanhada pelo coordenador estadual da política socioeducativa, Hugo Vissoto, pelo diretor do CSE, Genildo Silva, pela assistente social do GMF, Débora Nóbrega, pelas bibliotecárias do TJRR, Madrice Cunha e Maryluci Melo, pela diretora de gestão documental, Lorrane Costa , pelo representante do Programa Fazendo Justiça/CNJ, Alisson Messias, além de professores e agentes socioeducativos do CSE.
Débora Nóbrega, que é assistente social do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, ressaltou a importância de oportunidades como estas. “O direito à educação, à cultura e ao lazer está previsto no artigo 6º da Constituição Federal e também no Estatuto da Criança e do Adolescente. A promoção de políticas públicas que garantam direitos é fundamental, especialmente quando o Estado se responsabiliza pela custódia de adolescentes em medida socioeducativa”.
A mediadora do Sesc Alice Lyra foi a responsável pela visita guiada, explicando para os adolescentes e demais presentes do que se tratava a exposição coletiva que reúne artistas de diversas etnias e de origens diferentes que residem no estado de Roraima.
Acompanhados por educadores e profissionais da área socioeducativa, os jovens percorreram os corredores adornados com obras de arte que celebram a trajetória e os valores das comunidades afro-brasileiras e indígenas, suas semelhanças e singularidades na perspectiva de articular, reflexão e fortalecimento dos diferentes saberes, trajetórias, poéticas, estéticas e visualidades presentes no estado.
Durante a visita, os adolescentes interagiram e participaram de atividades interativas que permearam a cultura afro-indígena de Roraima. A experiência foi uma oportunidade não apenas de apreciar a arte, mas também de reflexão sobre identidade, pertencimento e respeito à diversidade.
A diretora do Departamento de Gestão Documental do TJRR, Lorrane Costa, afirmou que a visita declarou que uma criança e o adolescente que acessam a cultura elevam a perspectiva futura e passam a ignorar as condições desfavoráveis que a condição de vulnerabilidade. “Para muitos dos jovens, a visita à exposição representou um momento de conexão com suas próprias raízes culturais, além de uma oportunidade de ampliar horizontes e enriquecer conhecimentos. A interação com obras de artistas locais e a interação em interações culturais diversas despertaram a criatividade e a curiosidade dos adolescentes, estimulando assim seu processo de desenvolvimento pessoal e social”, reforçou.
Para o diretor do Sistema Socioeducativo, Genildo Silva, as oportunidades são apresentadas aos adolescentes e eles decidem. “Esses eventos apresentados para os adolescentes são oportunidades e o que eles podem conquistar com a força de vontade de cada um e alguns deles se identificaram com o que conheceram”.
Para a bibliotecária do TJRR, Madrice Cunha, foi uma experiência enriquecedora para todos os presentes. “Esta visita foi uma experiência única para os adolescentes do Sistema Socioeducativo, pois vivenciaram de perto a riqueza cultural de Roraima e que certamente marcará suas vidas de forma positiva”.
Para Alisson Messias, do programa Fazendo Justiça do CNJ, oportuniza aos adolescentes o acesso a espaços como este promove a construção de diferentes perspectivas culturais e inclui esse público que geralmente está distante do debate e participação cultural local, além de promover sua participação social.
“Essa atividade está homologada com a ação de Fomento à Cultura no socioeducativo, do Conselho Nacional de Justiça, por meio do Programa Fazendo Justiça em parceria com o Programa das Nações Unidas. A ação visa a garantia do direito à cultura, ao livro e à leitura e objetivamente valorizar iniciativas e fomentar políticas públicas que ampliem o seu acesso por adolescentes no atendimento socioeducativo, numa perspectiva de integração com as demais práticas e políticas intersetoriais”.
A visita à exposição "Ko'ko Non Zumbá" representou muito mais do que um simples passeio cultural. Foi um momento de aprendizagem, troca e celebração da diversidade, que reforçou a importância da cultura e da educação como ferramentas de transformação social. O projeto “Leitura Abre Portas” continua a desempenhar um papel fundamental na promoção da inclusão e no empoderamento de adolescentes em situação de vulnerabilidade, construindo assim um futuro mais promissor e igualitário para todos em Roraima.