O Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário (CMC/TJRR) realizou na terça-feira (19) a “2ª edição do Festival de Memória e Cultura de Roraima: Mãos que Escrevem a Nossa História”.
O evento foi aberto à comunidade, contando com visitas de diversas escolas, onde os alunos foram guiados para conhecerem mais sobre o judiciário roraimense e como ele se conecta com a cultura local.
O presidente da Comissão de Memória do Judiciário, Luiz Fernando Mallet, ressaltou a importância do evento para a valorização da cultura e memória local.
"Não somos reservados apenas à memória do Tribunal de Justiça, mas sim ao fomento da cultura em geral do estado, das nossas raízes. Esse evento não serve apenas como centro, mas como catalisador de toda essa cultura".
Durante o evento, foi inaugurada uma nova exposição, realizada em parceira com a Academia Roraimense de Letras (ARL). O membro da ARL, e responsável pela exposição, Dr. Maurício Zouein, destacou a iniciativa de trazer a história de Roraima através das letras e dos seus escritores.
"Trouxemos para cá, para o Centro de Memória, um pouco da história da Amazônia e também de Roraima. Trouxemos o passado para conviver um pouco com o presente e ajudar essa geração que não conhece autores, obras e as próprias estruturas deste lugar. Para mim, o Judiciário de Roraima e a Academia Roraimense de Letras estão fazendo justiça pela história."
O subcoordenador do CMC, Felipe Queiroz, destacou que “o festival buscou integrar o Judiciário com a sociedade, dialogando com a cultura. Nesta edição contamos com a parceria da Academia Roraimense de Letras, trazendo vários autores regionais para valorizá-los e valorizar a produção da cultura regional”.
Dentro de suas programações, houve workshops como o “Escritores da nossa história”, com o escritor Aldenor Pimentel; a oficina “Poesia e musicalização de poemas”, com o escritor George Farias e “Musicalização - Som do Tambor”, com o professor Edney Martins, voltado para o público infantil, além de exposições de livros de diversos autores regionais.
O autor roraimense, Junior Brasil, se sentiu grato pela realização do 2º festival e, não só isso, ver ele centrado na literatura local.
"A literatura é algo mais obsoleto atualmente, a tecnologia faz mais parte das vidas desses jovens, mas isso não é ruim, já que quando eles chegam aqui e veêm os livros, ficam encantados. Acaba tendo uma boa troca de conhecimentos, de perguntas, do processo de ser escritor."
Durante o evento foi realizada também a exposição "Magistrados e Servidores: Criações e saberes do TJRR", com o acervo de escritores do Tribunal, além do projeto da Biblioteca com o CSE: "Leitura abre portas: porque ler te faz livre"; e de trabalhos acadêmicos.
O evento também contou com apresentações artísticas, promovidas pelo projeto Leitura abre portas e outros parceiros, como o Cine Sesc; o Sesc Orquestra; as apresentações Canto & Coral e Música & Movimento do SESI; entre outras atrações.
A bibliotecária e integrante do projeto Leitura Abre Portas, Madrice Cunha, pontuou sobre o valor de expor obras dos membros do Judiciário. "Estamos trazendo obras de magistrados e servidores, autores desembargadores. Estamos também expondo as obras dos jovens que fazem parte da Leitura Abre Portas."
A 2ª edição do Festival marca um momento de celebração do Judiciário, por conseguir reunir a comunidade com a Corte de Justiça e oficializar, ao longo de 2 anos de atuação, mais de 6.500 visitantes em suas dependências.
Texto: João Gabriel - Estagiário em Jornalismo e Eduardo Haleks - Jornalista
Fotos: Nucri/TJRR
Novembro/2024