Foto: Ejurr
Repleto de reflexões sobre igualdade, direito e gênero, além de trocas de experiências e ideias, o curso “Julgamento com Perspectiva de Gênero” foi finalizado na sexta-feira, 14 de julho, após uma semana de aula, nos dois turnos. A capacitação foi realizada pela Ejurr na sala 406.
O curso foi finalizado pela juíza da Vara do Trabalho de Santa Cruz do Rio Pardo/SP no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Patrícia Maeda, convocada para atuar como Juíza Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional da Justiça do Trabalho (CSJT). Ela compartilhou as vivências e protocolos vigentes com os cursistas.
“É minha primeira vez aqui em Roraima e foi muito rápida a experiência, mas foi muito feliz, muito profícua. Eu ganhei muito trocando ideias, discutindo e refletindo com servidoras, com juízes e juízas do TJRR. Mesmo sendo da Justiça do trabalho, eu acho que houve uma interação muito grande entre o que eu me propus a trazer para os colegas e o feedback deles. Então foi muito legal”.
Para a juíza coordenadora da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJMA, Marcela Santana Lobo, responsável pela capacitação dos participantes na terceira etapa do curso, as discussões são importantes para o Tribunal de Justiça de Roraima.
“Vejo que o Tribunal tem uma preocupação, que é uma preocupação fundamental: estabelecer o protocolo de julgamento com perspectiva de gênero dentro de suas práticas. Esse protocolo foi instituído pelo CNJ, mas ele traz inspiração de outros países também com a ideia que nós precisamos reconhecer que há diferenças no acesso à justiça e que esse acesso precisa ser qualificado a partir de um olhar sensível de quem chega até nós, especialmente de mulheres e meninas que estão em situação de violência”.
A capacitação se dividiu em quatro etapas e teve ainda a participação da juíza assessora da Presidência do TJSP, Ana Rita Figueiredo Nery e da juíza do TJRS, Madgéli Frantz Machado, uma das vencedoras do Prêmio Innovare em 2022.
O curso teve como objetivo tornar o participante capaz de reconhecer a existência de uma sociedade brasileira com desigualdades de gênero, compreendendo o contexto no qual elas surgem. Foram ministradas as aulas de modo interativo e dinâmico com direito a visita técnica na Casa da Mulher Brasileira.
A assessora técnica da 2ª Vara do Tribunal do Júri e da Justiça Militar, Mayara Bonfim, participou do curso e ressaltou a importância da formação na busca por novos conhecimentos.
“O saldo foi muito positivo considerando a carga e o histórico das magistradas na discussão dos assuntos e na exposição deles também. Foram magistradas com um grande conhecimento e domínio do assunto que fizeram expandir os conhecimentos, de forma que que a gente pudesse avaliar e refletir sobre o assunto”.
Fonte: Ejurr