A fase prática será realizada entre os dias 10 e 14 de julho
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O diálogo, a comunicação não-violenta e a cultura da paz vão estar em pauta na Escola Judicial de Roraima (Ejurr). Entre os dias 10 e 14 de julho, será realizada a etapa prática da “Formação de Facilitadores de Práticas Restaurativas para Atuação na Prevenção, Mediação e Transformação de Conflitos no Ambiente Judicial”. O psicólogo Paulo Moratelli vem a Roraima para ministrar a capacitação.
Ao todo, são 36 participantes entre servidores do Poder Judiciário de Roraima, da Casa da Mulher Brasileira, da Prefeitura de Boa Vista, do Centro Socioeducativo (CSE), além de psicólogos e assistentes sociais interessados em atuar como facilitadores em processos judiciais e situações de conflitos.
O curso de formação ocorre no formato híbrido. A carga horária é de 80 horas, sendo 40h na fase teórica e 40h de atividades práticas. A primeira etapa ocorreu entre os dias 12 e 16 de junho e a segunda fase, nos dias 19 a 23 de junho. A última etapa será ministrada no formato presencial entre os dias 10 e 14 de julho, nos turnos matutino e vespertino.
A intenção do curso é capacitar os participantes para que sejam capazes de reconhecer o contexto teórico da Justiça Restaurativa, bem como de aplicar as práticas restaurativas à prevenção, mediação e transformação de conflitos no ambiente judicial. A capacitação busca promover uma ampla aprendizagem de conteúdos teóricos, técnicos, filosóficos e práticos relativos ao campo de conhecimento da Prevenção, Mediação e Transformação de Conflitos e da Justiça Restaurativa.
A chefe da Unidade de Justiça Restaurativa (Unijur/TJRR), Valeska Carvalho, ressaltou a importância desta fase para a ampliação no número de facilitadores na esfera judicial e em diversos ambientes onde é possível utilizar práticas restaurativas.
“A parte prática objetiva exercitar as habilidades e competências adquiridas na parte teórica do curso e colocar em prática os princípios e técnicas específicas do campo de conhecimento da Prevenção e Transformação de Conflitos e da Justiça Restaurativa’.
Justiça Restaurativa
A Unidade de Justiça Restaurativa do TJRR (Unijur) recebe processos da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, da Coordenadoria da Infância e Juventude e da Vara da Justiça Itinerante, tendo como foco a realização de círculos restaurativos conduzidos pelos facilitadores, que buscam a resolução não violenta de conflitos e de problemas, reparo de danos, restauração da segurança entre outros.
Currículo do formador
Paulo Moratelli é psicólogo, delegado Internacional para o Brasil na Sociedade Científica de Justiça Restaurativa da Espanha, membro do Conselho Consultivo Global da Restorative Justice International (EUA), instrutor independente de Círculos de Construção de Paz e de Diálogos Transformativos em diversos países como Austrália, Canadá, Inglaterra e Espanha. Atuou como coordenador da Central Judicial e coordenador técnico do Programa Municipal de Pacificação Restaurativa de Caxias do Sul-RS, entre outras experiências na área de mediação, resolução e comunicação não-violenta.
Fonte Ejurr