Fotos: Nucri/TJRR
Nesta sexta-feira, 19, graças a uma parceria com o Tribunal de Justiça de Roraima, reeducandas que integram o projeto Costurando Recomeços, realizado na Cadeia Pública de Boa Vista, puderam expor seus trabalhos em uma feira de artesanato no Fórum Criminal.
Para a juíza Lana Leitão Martins, diretora do Fórum Criminal, iniciativas como estas são importantes porque oferecem às reeducandas uma possibilidade de reintegração à sociedade e ao mercado de trabalho.
“A ação de reinserção delas na sociedade e no mercado de trabalho é essencial, porque ainda hoje a sociedade é muito preconceituosa com relação às pessoas que estão em cumprimento de pena, mas muitos esquecem que um dia elas vão sair e precisam também do lugar delas na sociedade. Isso traz para elas um conforto de não se sentirem tanto à margem de todo esse meio social, e nós, do Fórum Criminal estamos muito felizes de recepcionar este projeto”, avaliou a magistrada.
A exposição de artesanatos contou bonecas de panos, almofadas e chaveiros, comercializados durante o evento. O dinheiro arrecadado nas vendas será destinado à ampliação do projeto, a fim de trazer mais diversidade na criação de novos artesanatos. “É uma terapia maravilhosa que a gente tem dentro do Sistema Prisional, contou a reeducanda Nina Moreira, enquanto mostrava trabalhos confeccionados por ela.
O projeto Costurando Recomeços foi idealizado pela agente penal Michelly Fernandes, e para ela, a iniciativa tem como objetivo possibilitar esperança para as reeducandas. “Dando oportunidade e ensinando um ofício que elas possam desenvolver fora da unidade, mas também mostrando pra elas que é possível ter o sentimento de mudança”, pontuou.
Costurando Recomeços
O Projeto Costurando Recomeços, implementado na Cadeia Pública Feminina de Boa Vista, organiza oficinas para criação de confecção artesã, como atividade geradora de aprendizagem, resgate da autoestima e capacitação para o mercado de trabalho.
Participam do projeto reeducandas com bom comportamento e habilidades em artesanatos. As atividades são desenvolvidas em espaço próprio, equipado com máquinas de costura e material para customização dentro da área de segurança da própria unidade prisional.